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Contra o Tempo (Source Code)

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Mesmo se valendo de fórmulas batidas, a ficção científica pode render bons trabalhos como é o caso de Contra o Tempo, filme dirigido pelo pouco conhecido Duncan Jones. Apesar de sofrer com diversos adiamentos em sua data de estreia, o longa que chega às telas nesta sexta-feira (30) tem um fôlego que o diferencia, para melhor, de grande parte da produção hollywoodiana atual, talvez vindo justamente do fato de Duncan, ou do roteirista Ben Ripley, não estarem ainda influenciados pela indústria.

No filme, Jake Gyllenhaal é Colter Stevens, um capitão do exército americano que percebe que algo está estranho em sua vida. Sem saber exatamente o que aconteceu, o oficial acorda em um trem em movimento ao lado de uma mulher que não conhece, e que insiste em chamá-lo de Sean. Stevens não sabe como foi parar neste local, nem mesmo o porquê aquela mulher age como se fosse sua amiga. Poucos minutos depois, porém, uma explosão acontece e todos que estavam naquele trem morrem.

Ao acordar, o capitão descobre que está na verdade dentro de um programa chamado “Código Fonte”, em que ele consegue viver os últimos oito minutos da vida de uma pessoa. Stevens, então, tem que voltar novamente ao trem, na pele de Sean, para tentar descobrir quem foi o responsável pelo atentado, evitando assim um incidente ainda maior do que o do trem. Ao mesmo tempo em que precisa investigar o caso, o oficial também tenta descobrir o que aconteceu em sua vida nos últimos anos, e saber um pouco mais sobre este estranho programa do exército.

Apesar da ideia do filme ser original, não é muito difícil comparar com outras obras, como o clássico Feitiço do Tempo, em que Bill Murray acorda toda manhã no mesmo Dia da Marmota, sabendo exatamente o que vai acontecer, mas sem ter noção de como sair daquela situação. Stevens, aqui, também vive uma espécie de Dia da Marmota eterno, mas em vez de ter que aguentar as 24 horas, ele tem apenas oito estressantes minutos. Porém, tempo o suficiente para se encantar com a beleza de Christina, vivida por Michelle Monaghan.

A diferença de tempo é facilmente explicada por dois fatores. Primeiro, desta vez apesar do interesse amoroso do personagem, não estamos em uma comédia romântica, mas em um filme de ação, que ficaria monótono caso o Capitão Stevens pudesse ter tanto tempo para encontrar o tal terrorista. Além disso, o ritmo de vida dos espectadores de cinema mudou. Se em 1993 a linguagem de videoclipe já fazia parte de outras produções audiovisuais, hoje é raro um trabalho para o grande público que ignore a agilidade dos vídeos musicais.

Fora as semelhanças com o clássico dos anos 90, e os clichês típicos de filmes de ação e ficção científica, Contra o Tempo agrada principalmente por não ter a pretensão de ser um grande filme, apenas um bom entretenimento. Como em um jogo de videogame, em que a morte não é o final, o espectador entra no ritmo do filme e tenta, junto com Stevens descobrir o que está realmente acontecendo, tanto dentro do trem, na busca pelo terrorista, como na vida do capitão fora daquela realidade paralela. Ainda, a química entre Jake e Michelle ajuda a tornar o longa mais agradável, cumprindo o seu papel.

Assista ao trailer:

Contra o Tempo (Source Code, 2011, EUA)
Direção:
Duncan Jones
Roteiro: Ben Ripley
Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan e Vera Farmiga
93 Minutos



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